Kirby and the Forgotten World test: mais aberto, mas menos revolucionário do que o esperado

    Kirby and the Forgotten World test: mais aberto, mas menos revolucionário do que o esperadoO primeiro contato com o jogo se dá por meio da escolha do nível de dificuldade, sendo os dois disponíveis chamados Hurricane e Breeze. O fato de o maior dos dois ser oferecido primeiro não é totalmente insignificante. Esta aventura de Kirby, como quase todas as outras, é de facto extremamente acessível e privilegia sobretudo o prazer de jogar, pelo que o negócio é claro: escolha Hurricane, que corresponde mais ou menos a um modo normal, e mantenha o modo Breeze para crianças. Esta nomenclatura surpreendente e meteorológica está ligada ao cenário, que nos apresenta Kirby e Waddle Dees sendo sugados por um vórtice tempestuoso. Aqui eles são então transportados do planeta Pop para uma terra desconhecida e obviamente abandonada há muito tempo. E este mundo esquecido é simplesmente nosso. Carros enferrujados e prédios cobertos de mato não deixam dúvidas sobre isso. Também podemos dar uma primeira palavra ao sucesso dos diferentes níveis do jogo, que nos oferecem evoluir entre outros num centro comercial, num parque de diversões ou numa cidade com neve. Não espere encontrar humanos por lá, que há muito desapareceram, sendo os inimigos do dia o "Pacote das feras", liderado pelos fofos e caninos ouafies. Com a ajuda deles e de pássaros maliciosos, os Waddle Dees encontram-se presos em gaiolas, que nosso herói rosa obviamente terá que encontrar e abrir. Apesar deste contexto "ameaçador", o ambiente mantém-se permanentemente bem-humorado, ajudado por uma direcção artística absolutamente adorável. Com uma bola rosa como personagem principal, não é de surpreender, mas os gráficos coloridos evitam qualquer mau gosto, enquanto o design do cenário e das criaturas são simples o suficiente para serem lidos por crianças e detalhados o suficiente para não deixar os adultos indiferentes. Tecnicamente, também há algo com o que se contentar. Além de um pouco de aliasing visível, se você se aproximar demais da tela da televisão, quase esqueceria que este é um exclusivo do Switch!

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    KIRBY, TRANSFORMAÇÃO!

    Kirby and the Forgotten World test: mais aberto, mas menos revolucionário do que o esperadoEm relação à jogabilidade, Kirby inicialmente se mantém fiel aos seus fundamentos. O salto pode, portanto, ser usado para flutuar, enquanto sugar e cuspir inimigos básicos fornece uma função de tiro simples e eficaz. Mas quando a bola rosa engole inimigos um pouco mais poderosos, ela adquire seu poder principal. É assim que Kirby pode fazer malabarismos em seus encontros entre uma espada, um cortador, bombas, fogo, gelo, um martelo, um bacamarte ou até mesmo uma furadeira. Isso oferece muita variedade, especialmente porque a lista apresentada aqui não é exaustiva. Mas o jogo não se contenta com esse princípio já visto nos demais episódios da saga. Um novo mecanismo chamado transmorfismo nos é oferecido, para variar ainda mais os prazeres. Esse poder especial permite que Kirby assuma a forma e a função de certos objetos no mundo moderno. O carro permite que você gire a toda velocidade, o dispensador para jogar latas em inimigos e obstáculos, o cone de construção para perfurar o solo ou canos frágeis, o cano para rolar sobre os inimigos, o arco de metal para voar em uma asa delta, a lâmpada para iluminar áreas escuras, o elevador para esticar ou dobrar e o guarda-roupa para descobrir passagens secretas colocando-o no chão.

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    Mais uma vez, esta é apenas uma pequena visão geral das diferentes possibilidades, que se renovam regularmente e nos reservam muitas surpresas. Todas essas pequenas variações de jogabilidade são usadas para enriquecer a exploração, para desenterrar passagens secretas ou para resolver alguns "puzzles" (a palavra é quase um pouco forte). Sempre inteligente, o design dos níveis muitas vezes lembra o dos Marios recentes, o que obviamente não é um defeito. E ao contrário de Mario Odyssey, 100% é muito mais tentador aqui, porque é mais fácil de alcançar. Cada nível oferece quatro objetivos ocultos, que se revelam quando você começa a realizá-los, guiado pelo acaso ou pela intuição. Passar entre as pernas de um patrão, cultivar cinco tulipas ou descobrir tal e tal adega pode assim fazer parte das missões ocultas. Mas, para encorajar os jogadores a perseverar e começar de novo, o jogo também tem a inteligência de revelar um desses objetivos misteriosos, caso não tenham sido todos descobertos após a conclusão de um nível.

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    NA ESTRADA PARA 100%

    Kirby and the Forgotten World test: mais aberto, mas menos revolucionário do que o esperadoA longo prazo, cumprir o maior número possível desses objetivos permite reconstruir mais rapidamente a vila de Waddle Dees, que gradualmente adquire muitos edifícios, incluindo um cinema que permite repetir as cenas, um café com minijogos, um Coliseu destinado a lutar contra chefes em torneios ou mesmo, e acima de tudo, um arsenal dedicado a melhorar os poderes. O poder de cada arma pode de fato ser aumentado em três níveis, o que obviamente não recusa, mesmo que os já não muito ruins chefes da base só se tornem mais fáceis de derrotar. A falta geral de dificuldade faz-se sentir na vida do jogo, já que é possível ver o fim da aventura em apenas dez horas. Mas seria muito estúpido colocar apenas as missões principais sem olhar para o lado. Assim, desafios secundários e cronometrados estão disponíveis no mapa. Eles permitem que você adquira gemas raras necessárias para o aprimoramento dos poderes e, portanto, não devem ser negligenciados. A exploração também nos dá a oportunidade de desenterrar nos conjuntos cápsulas de gashapons e contendo estatuetas relacionadas à aventura atual. Enquanto em 2022 alguns títulos não teriam hesitado em esconder microtransações por trás desse mecanismo de cobrança, aqui é possível aproveitá-las com total tranquilidade. Distribuidores de "Japanese Kinder Surprise" estão mesmo disponíveis na aldeia, sendo a compra de uma cápsula feita de forma bastante simples com as moedas recolhidas nos níveis. Portanto, não há muito o que reprovar este Kirby, além de sua facilidade (especialmente se você jogar dois em coop), música não necessariamente memorável (uma ou duas das quais são até irritantes) e sua duração bastante justa. Mas nada disto estraga o prazer de percorrer este mundo esquecido, aos comandos de um herói mais versátil do que nunca.



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