Teste Evil Dead The Game: o jogo é tão cult quanto o filme de Sam Raimi?

    Teste Evil Dead The Game: o jogo é tão cult quanto o filme de Sam Raimi?Evil Dead: The Game pode ser um jogo essencialmente multiplayer e, portanto, desprovido de um cenário real, não usurpa absolutamente sua filiação à famosa saga cinematográfica. O fan service (no bom sentido da palavra) funciona a todo vapor, seja em termos de encenação, menus, locais, situações, objetos, armas ou mesmo música. Para se convencer disso definitivamente, basta dar uma olhada na lista de personagens jogáveis. Os cinéfilos terão assim o prazer de encontrar e encarnar, entre outros exemplos, Annie Knowby, Cheryl Williams, Ed Getley e Scotty. Sem esquecer claro o essencial Ash Williams, que inclusive está disponível em quatro versões diferentes (correspondentes às versões de Evil Dead, Evil Dead 2, Evil Dead 3 e Ash vs Evil Dead). No total, são vinte e dois heróis (e anti-heróis no que diz respeito aos demônios) que é possível encarnar. Cada um deles tem uma habilidade especial, bem como uma grande árvore de atualizações desbloqueáveis, e pertence a uma classe que oferece uma variação de jogabilidade específica. Líder, Guerreiro, Caçador e Suporte do lado humano, Chefe Guerreiro, Titereiro e Necromante do lado demoníaco de Kandar. Tudo isso promete longas horas de jogo para quem gostaria de evoluir todos os personagens, mesmo que a maioria dos jogadores certamente se contente em maximizar seus dois ou três favoritos. Para isso, é naturalmente necessário acumular o maior número possível de pontos de experiência, vencendo o maior número possível de partidas, que são disputadas de forma assimétrica, mas acontecem de acordo com um princípio imutável.

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    QUANDO CHEGAMOS AO MAL…

    Teste Evil Dead The Game: o jogo é tão cult quanto o filme de Sam Raimi?Do lado dos quatro sobreviventes, encarnados por quatro jogadores, trata-se de encontrar três pedaços de mapa espalhados num grande mapa aberto e infestado de “cadáveres”. Isso permite o acesso à localização das páginas do Necronomicon, bem como à da adaga de Kander. Uma vez que esses dois pontos foram defendidos e capturados, torna-se possível banir as criaturas malignas localizadas em um ponto específico e revelar o Necronomicon, que deve então ser defendido de um ataque inimigo final. Os demônios de Kandar devem fazer de tudo para impedir que o livro amaldiçoado seja reconstituído, mas funcionam de maneira diferente. Há apenas um jogador no controle deste lado, e ele inicialmente controla um demônio em forma de espírito. Invisível ao acampamento adversário e dotado de altíssima velocidade de movimento, esse espírito deve coletar esferas de energia infernal espalhadas pelo mapa, o que lhe permite preparar armadilhas, fazer aparecer criaturas por portais e até tomar posse de um cadáver ( atacar diretamente os sobreviventes), de um veículo (para atropelá-los) ou mesmo de uma árvore (para dar um bom golpe de galho no primeiro que passar por ali). Também é possível prender caixotes de abastecimento, de forma a assustar, danificar ou roubar quem os abrir. Eventualmente, o demônio pode realmente assumir a forma física e participar diretamente do combate. Adicionado a esses princípios básicos está um sistema de gerenciamento de medo para cada sobrevivente. Aumenta principalmente quando o personagem se encontra isolado ou no escuro, o que permite ao demônio localizá-lo mais facilmente no mapa e possuí-lo.

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    EXÉRCITO DA ESCURIDÃO

    Teste Evil Dead The Game: o jogo é tão cult quanto o filme de Sam Raimi?Interessante no papel, esse conceito cumpre suas promessas na realidade. Isso se deve muito à jogabilidade dos confrontos, que não precisa ter vergonha da competição. Simples e eficaz, o combate corpo a corpo combina ataque rápido, ataque poderoso e esquiva, enquanto as armas de longo alcance oferecem mira agradável e boas sensações. Armas de diferentes níveis (comuns, raras, épicas e lendárias) estão ali para motivar a caçada aos baús, enquanto coletar garrafas de "pink hover" permite melhorar as estatísticas do personagem durante o jogo. Como sobrevivente, o jogo consegue a façanha de nos fazer sentir poderosos (contra cadáveres básicos) e vulneráveis ​​(contra elites, cadáveres em excesso, armadilhas ou demônios). Além disso, os caçadores de emoção e os caçadores de sangue podem contar com os finalizadores para acionar várias animações particularmente sangrentas quando a vida de um inimigo está chegando ao fim. Esse derradeiro golpe a ser dado no momento certo torna o jogador invencível durante a animação, aumenta as chances da vítima deixar cair algum objeto no chão e nos gratifica com vários deleites visuais, como uma serra elétrica no estômago ou um machado na cabeça. Entre o derramamento de sangue e os respingos de vômito, o jogo às vezes é bastante imundo, como deveria ser para respeitar a licença.

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    A atmosfera do filme de terror também faz muito sucesso, devido aos ambientes perturbadores e um revestimento sonoro com pequenas cebolas. Um dos poderes dos demônios é, inclusive, fazer um visual bem "jumpscare" aparecer na tela de outros jogadores. Quanto aos gráficos, se não estão necessariamente no topo da técnica de 2022, continuam muito corretos e sempre agradáveis ​​à vista. Apenas a gestão de colisões nos parece imperfeita. Certos elementos da decoração nos bloqueiam quando pensamos que podemos passar por cima deles, os agrupamentos de vários jogadores em torno da mesma vítima parecem um pouco confusos e mover-se em certos interiores apertados nem sempre é fácil. Nada realmente ruim e o acabamento geral permanece bom, pois não encontramos nenhum bug importante. Até o matchmaking, que tem o bom gosto de ser multiplataforma, encontra companheiros de luta rapidinho! Por fim, observe que o jogo também oferece cinco missões para jogar sozinho. Bem feitas e de dificuldade relativamente alta, essas missões independentes umas das outras serão consideradas por alguns como um belo bônus sempre bom de se pegar, e por outros como um paliativo que luta para esconder a ausência de uma verdadeira campanha single-player.




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